Todos os comentários serão apreciados. Dever-se-á "clicar" nas imagens para que mais que olhá-las, as consigamos ver com todos os pormenores. As palavras a vermelho encaminham-nos para outros destinos. Os meus comentários são, apenas, os meus comentários, não pretendem ser um guia de interpretação... outros verão outras coisas. "Onde Sancho vê moinhos, D. Quixote vê gigantes/ vê moinhos, são moinhos/ vê gigantes, são gigantes (...)" [extracto dum poema de António Gedeão]
2 Comments:
Quem cresceu no Ribatejo sabe a importância da água para as culturas e para as vidas. A beleza da paisagem também muito lhe deve. Em Coruche marcava sempre por excesso ou por defeito... Estive lá este fim-de-semana. É bom voltar a casa.
Lição sobres a água
Este líquido é água.
Quando pura
é inodora, insípida e incolor.
Reduzida a vapor,
sob tensão e a alta temperatura,
move os êmbolos das máquinas que, por isso,
se denominam máquinas de vapor.
É um bom dissolvente.
Embora com excepções mas de um modo geral,
dissolve tudo bem, ácidos, base e sais.
Congela a zero graus centesimais
e ferve a 100, quando à pressão normal.
Foi neste líquido que numa noite cálida de Verão,
sob um luar gomoso e branco de camélia,
apareceu a boiar o cadáver de Ofélia
com um nenúfar na mão.
António Gedeão
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