segunda-feira, novembro 20, 2006

125 - a minha pessoa (tu)

Oeiras (parque dos poetas)
semana passada
Gato preto, gato morto... ainda? Bolas! Então a «tasca» não devia estar a comemorar um ano de existência on-line?Com um sol fantástico (nem todos são privilegiados) e tu a fazeres fotografias impossíveis de gatos mortos... antes o futebol e o fado do início. Parabéns "para ti"
Parabéns a você, diz a letra aportuguesada do Happy... qualquer coisa. Ainda bem que existem leitoras atentas, o aniversário, deste blog ter-me-ia passado, completamente, ao lado. Um ano.
A fotografia que emoldura este texto dei-a a um amigo (um grande amigo) partilho com os meus leitores aquilo que lhe escrevi (no verso da fotografia) :
Dediquei-te em tempos um extracto dum poema de Pessoa... Pessoa lembra-nos a pessoa que somos, também a pessoa que escolhemos ser. Somos este e outro. Carregamos em nós mais que uma pessoa. Julgo que é essa a herança de Pessoa e dos seus heterónimos. Para a pessoa que és, para a pessoa que poderás ser.

quarta-feira, novembro 15, 2006

124 - gato preto, gato morto

Constância
12 de Novembro de 2006

Uma fotografia, tecnicamente, «impossível» ... uma parvoíce. Quem conhece a ponte sabe que existe, apenas, um tabuleiro para o tráfego automóvel, que o sentido do trânsito é alternado ( da margem esquerda do Tejo para a direita e vice-versa) sabe que essa alternância é regulada por uns semáforos temporizados. Não é suposto parar-se a meio da ponte para tirar fotografias, será que foi tirada em andamento com a mão esquerda e sem olhar pela objectiva? ... se foi, foi uma sorte, uns milésimos de segundo e o espelho retrovisor taparia o «gatinho».
Este é o tipo de fotografia que me satisfaz, não o beijinho encenado de Doisneau.

O título foi inspirado em Kusturica, ainda pensei intitular este «post»: o gato do pedro.


sábado, novembro 04, 2006

123 - a sopa da perda

Distrito de Santarém
Outubro de 2006

Nacional 118, uma estrada percorrida com a dor de quem parte, pela margem esquerda, sempre.
Setas que nos desorientam, se for para Coruche ou Évora vire à esquerda e à direita. Pode parecer disparate mas se nos lembrarmos que a Terra é redonda faz sentido... poderá demorar mais tempo mas chegaremos lá, o prazer do caminho não tanto da chegada.
Ampliando a imagem sabemos que estamos em Almeirim, a terra da sopa (maldita sopa) da pedra, vemos um gajo que não é ribatejano, como é que sei? ora... pela camisolita cor-de-rosa!

quinta-feira, novembro 02, 2006

122 - janelas

Constância
Outubro de 2006
As terras não deverão ser olhadas através das janelas dos automóveis.
Devemos estacionar e em vez de olharmos a terra, tentarmos compreender as pessoas, os seus anseios e sonhos.
Esta imagem enquadrada ou melhor «enjanelada» visa apenas proteger os nossos olhos da «Manta Rota».
Constância, assim, nasce da água e do verde (como a Vénus de Botticelli) linda, fêmea... vila à procura de si própria, à espera para ser fecundada de vida, de cultura.
desde 2006.05.24
Site Counters